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Resenha #22 - Legend: A Verdade se Tornará Lenda

  • João Andrade
  • 8 de jan. de 2015
  • 3 min de leitura

Título original: Legend

Páginas: 253 Autora: Marie Lu Editora: Prumo Assunto: Ação

Já começo adiantando que passei quase 7 meses lendo esse livro de 250 páginas e, diferente de Garota Exemplar, que eu me culpei pela demora, dessa vez eu culpo o livro.


Legend reuniu a minha trindade profana da literatura: Escrita ruim + Objetificação excessiva + História altamente previsível. Não precisou de mais para me fazer empacar a cada página lida (pelo menos até a metade), cheguei ao ponto de “semi-abandonar” (nem lia e nem jogava fora).


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O livro passou meses levando poeira, intocável, até que um belo dia começou 2015 e eu resolvi que não iria passar o resto do ano com meio mundo de leituras encangadas (consultar o dicionário). Peguei o livro da Marie Lu e voltei a ler de onde havia parado. Para minha surpresa, após a leitura de mais um capitulo o livro teve uma reviravolta completamente inesperada. A partir dali a narrativa começa a ganhar proporções diferentes. A escrita exageradamente cinematográfica e descritiva (de uma forma muito objetificada) permaneceu até o final do livro, mas o plot twist acabou se tornando empolgante ao ponto de me fazer relevar os outros problemas da narrativa.


A história é contada em dois pontos de vistas: De um lado temos Day, um rebelde, que nasceu pobre, foi dado como morto depois de falhar no teste que define o potencial das pessoas para se tornarem parte da estrutura social da República. Day é revoltado com o Estado, até hoje não entendi muito bem o porquê, mas a autora quis assim e achou que todo mundo deveria aceitar essa revolta vazia de motivação; Do outro lado temos outra personagem tão estereotipada quanto, June, jovem rica, poderosa e prodígio da República, pois foi a única a tirar nota máxima no tal do teste. Vive com o irmão, que vive livrando ela das enrascadas (o livro é bem Sessão da Tarde mesmo). Até que um dia os caminhos deles se cruzam devido a um evento trágico e pronto, é isso.


Eu entendo que se trata de uma trilogia e a autora tem o espaço disponível para construir toda a história em mais 2 outros volumes, mas acredito que um livro tem que sustentar ao menos sua narrativa principal, no entanto isso não acontece em Legend. O que acontece são coisas inexplicáveis exatamente no momento em que se precisa, sem nenhuma introdução ou aviso prévio. Tudo aparece e desaparece na hora em que se precisa e fica por isso mesmo.


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A minha edição é da Prumo, a primeira editora a publicar o livro aqui no Brasil, e ela é linda. Eles tiveram o cuidado de mudar a fonte conforme mudava de narrador e as bordas de todas as folhas são manchadas simulando sombras. Mas, descobri há pouco tempo que a Rocco é a nova detentora dos direitos e já publicou os dois volumes conseguintes e uma reedição do próprio Legend. Não sei se o miolo das duas edições é o mesmo, mas julgando pela minha edição a tradução está bem razoável e não encontrei muitos erros gramaticais ou de digitação, pelo menos nada que não fosse esperado.


Acho que já deu para perceber que não gostei muito da experiência, mas devo admitir que analisando pelas últimas 100 páginas o livro pode ser considerado razoável. Desse modo, tenho sim a pretensão de ler as continuações. Espero que a escrita continue amadurecendo durante os próximos volumes, mas não colocaria minha mão no fogo por isso.


E, você, gostou de Legend? Não gostou? Deixe seu comentário explicando os motivos ou dando alguma indicação!

 
 
 

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